Há pouco tempo o nosso Presidente da Republica pedia aos portugueses para que fizessem férias em Portugal no sentido de estimular a economia e ajudar no combate à crise.
Quase em simultâneo, sairá agora em Diário da Republica a introdução de portagens nas SCUTs. O governo nunca teve um contexto tão favorável para precipitar esta medida como o aquele em que vivemos. Facilita-lhe a vida e todas as medidas, sejam de asteridade, sejam introdução de portagens em estradas que não foram concebidas para o efeito, seja na diminuição dos serviços de emergência médica, seja no aumento do IVA, seja no encerramento de escolas, é tudo por causa da crise (dá sempre exemplo outros países europeus que fizeram o mesmo), tudo em nome de um défice controlado.
A falha de comunicação ou de ligação entre o governo e a presidencia é desconcertante. Como podemos promover férias cá dentro quando em vez de estimular, se criam dificuldades. Como podemos fazer férias cá dentro se é mais facil fazer uma viagem para Madrid, Londres em vez de ir de carro para o Algarve por exemplo? Ou para a Beira Baixa? Apenas alguns troços do Norte escapam a esta medida. E em nome da crise, do défice, tudo é permitido, tudo é justificável.
Oldie.
